terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Definir “Vida”

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É tempo de pensar, repensar, refletir o mundo ao nosso redor. É tempo de reagir o que o mundo nos proporciona como reflexo de vida, pois o que é vida, se cada cultura do mundo prega uma definição diferente, apenas conservando sua essência, ou seja, estar vivo. Viver bem será que é se alimentar bem, praticar uma boa ação, pensar mais em si do que nos outros, ou simplesmente, como diz o ditado popular, deixa a vida me levar. Acho que é hora de se reflexionar sobre tal assunto.

Normalmente tomamos a definição de vida, de acordo com a cultura inerente do local onde nascemos, mas se tivéssemos nascido em outros lugares, será que nossa percepção de mundo não seria outra? Será que nossa definição de o que é caráter e o senso comum, ou seja, ética, seriam as mesmas? Quanto mais respostas aparecem, mais aumenta a sede da humanidade por novas perguntas. O auto conhecimento é um dos pontos altos do interesse humano, pois conhecendo a si, conheceria a todos, pois na essência, somos todos iguais. Todos sentimos medos, anseios, alegrias, paixões, amores. E é isso que importa. Não há distinção de raças ou crenças quando se depende de um parceiro em uma guerra. Quando um negro ou um branco se machucam, o sangue que jorra é o mesmo, vermelho vivo.

Mas voltando a ideia central, vida para mim, que nasci no mundo ocidental, em uma cultura predominantemente cristã, em um “país de 3º mundo”, é a definição dela na sequência; nascer, estudar, formar uma família, manter essa família durante anos a fio, mesmo sendo infeliz nela, se aposentar, ver os filhos crescidos e na faculdade, preferivelmente  fazendo medicina ou engenharia, porque as outras profissões, são as “outras”. Minha forma de sociedade me diz como tenho que viver, mas será isso, vida? A anarquia é bom modo de se viver, não se sujeitando a regras, ninguém impondo nada, ninguém julgando ninguém, deixando a tarefa de julgar com Deus, e somente Ele. É claro que quando falamos de anarquia, a ideia vem de encontro a ética, senso comum, ou o que desejar-se denominar.

Viver, anarquicamente falando, é viver sem regras do que se pode ou não fazer, contanto que não faça mal ou atrapalhe o próximo, que não infrinja o direito de outra pessoa. O estilo anárquico foi muito mal entendido, eis que quando alguém realiza um fato considerado errôneo, ele passa ser um “anarquista”, tal como um xingamento, uma ofensa, um criminoso. Cabe observar que esta definição foi muita bem implantada no Brasil com advento de anos e anos de ditadura militar.

Viver deveria ser como música, com suas notas mais altas, e mais baixas, com os sons mais graves, e mais agudos. “Ela” nunca poderia se linear, pois todos fazem escolhas, sempre em nossa caminhada, haverá ruas e vielas que teremos de escolher, e inevitavelmente trilhá-las, e que quase sempre desconhecemos seus destinos. Viver é perder uma pessoa muito querida, mas saber que só o tempo é o remédio para nossas dores. É ter que pensar em lavar a louça e ficar com preguiça, é ter coragem de escalar o monte Fuji somente para sentir adrenalina correndo em nossas veias, é ver seu namorado (a) sair com sua melhor amiga (o) para ir no cinema, e você ficar em casa se roendo de ciúmes, é isso que nos faz humanos, ter um sentimento que de uma hora para outra, pode mudar drasticamente, importando assim, apenas uma coisa, sempre teremos um sentimento que nos fará viver, consequentemente ele nos dará a definição de nossas vidas. Agora me responda. O que é vida?

Frederick dos Santos Ferraz

2 comentários:

Mariana disse...

Ficou muito legal Fred, parabéns ! Beijos Mari Trindade

Frederick dos S. Ferraz disse...

Obrigado MARI !!!!
Sei que possocontar com você